Casa e Jardim

Receitas caseiras para cuidar do Jardim

Aprenda a combater pragas e doenças com receitas naturais, que não prejudicam o meio ambiente. 

Para resistir ao ataque de pulgões, cochonilhas, lagartas, formigas e outras pragas e doenças, as plantas precisam estar saudáveis, com a imunidade em alta. Nesta época do ano, o aumento da temperatura é um fator de desequilíbrio, que pode afetar a saúde do jardim e das espécies cultivadas dentro de casa. O clima quente faz com que os insetos se desenvolvam e se reproduzam mais rapidamente. O calor também deixa as plantas vulneráveis e, por isso, elas precisam ser observadas com maior atenção. Algumas receitas naturais  ajudam a combater as infestações, como mantemos um contato muito próximo com as espécies de casa é melhor evitar tratá-las com produtos nocivos à saúde. Ao tocar as folhas e cheirar as flores, corremos o risco de absorver resíduos de inseticidas pesados. Para as plantas, também há prejuízos. Além de desequilibrar o ecossistema, as substâncias químicas favorecem o aparecimento de novas pragas e doenças.

AVAL DA CIÊNCIA 

Algumas fórmulas caseiras antipragas fazem parte da sabedoria popular e são comumente empregadas por paisagistas e jardineiros . A novidade é que existem pesquisadores empenhados em provar cientificamente a eficácia dos defensivos naturais estudando uma série de combinações e, à medida que elas forem aprovadas, divulgando para a população.

Entre os ingredientes que já têm o aval da equipe do pesquisador, estão cravo-daíndia, pó de café, pimenta-do-reino e alho fresco. Como fazer? Coloque 50 g de qualquer um deles de molho em 450 ml de água por 24 horas. Coe em peneira fina ou papelfiltro e você terá um extrato contra pulgões.

CURA RÁPIDA

A primeira vez que a arquiteta e paisagista Aline Najar recorreu a uma fórmula natural foi para tratar uma jabuticabeira de 4 m de altura tomada pelo fungo conhecido como algodão. “Ele deixa uma espécie de teia pelos galhos”, diz. Para esse caso, a profissional preparou uma calda de sabão de coco. “Retirei o excesso do fungo com um pincel seco e depois passei o preparado, deixando secar naturalmente. Em quatro dias, a planta ficou curada”, diz. Em outra ocasião, uma macieira com a doença ferrugem e infestada de lagartas foi tratada com extrato de alho. Levou uma semana para a frutífera recuperar o viço. Gardênias que estavam perdendo as flores devido aos ácaros foram salvas pela calda de fumo, enquanto um jardim recém-plantado ficou livre de moscas brancas com a constante pulverização de chá de hortelã. Sempre que adoto defensivos naturais, o resultado é a total recuperação das espécies.  A paisagista lembra ainda que doenças e pragas só atacam as plantas quando elas estão debilitadas devido ao excesso de calor ou de umidade, à falta de nutrientes no solo e à ventilação insuficiente.

DICAS PARA QUE AS FÓRMULAS DÊEM CERTO      

 – Sigas as receitas corretamente

– Coe bem os preparados para não entupir o pulverizador

– Os ingredientes naturais são voláteis, ou seja, se perdem rapidamente. Portanto, é fazer e usar

– As aplicações têm que ser persistentes. Pulverize dia sim, dia não e, se a infestação for intensa, duas vezes ao dia

– Quando a planta melhorar, dê um intervalo de 15 dias e volte a empregar a fórmula como medida de manutenção.

PRINCIPAIS PRAGAS

Aprenda a reconhecer os bichinhos que fazem estragos no jardim. Eles se alimentam de folhagens e flores e sugam a seiva das espécies. Folhas deformadas e manchadas também são um sinal de alerta.

Saúva – Nem todas as espécies de formiga atacam as plantas. Antes de eliminá-las, observe se elas voltam ao formigueiro com folhas cortadas. As saúvas estão entre as mais agressivas.

Pulgão – Existem diversas variedades do inseto, nas cores preta, branca e verde, mas, em geral, ele mede 1,5 mm e pode ter asas. Acomoda-se principalmente no verso das folhas.

Cochonilha – Há dois tipos. A sem carapaça deixa uma secreção esbranquiçada, semelhante a um chumaço de algodão. O bichinho com carapaça traz riscos ou bolas cortadas no corpo.

Lagarta – Devora folhas e flores, abrindo um caminho parecido com um túnel. Antes do tratamento, deve-se podar as partes afetadas e destruir o ninho. Use luvas na operação.

 

Fonte: Site Planeta Sustentável